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CONTATOS

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

95 Anos de Saudades


03 de dezembro de 1915- 2010

Carta aberta:

"Tudo o que eu queria te dizer"

Querido Vovô Mário;

Hoje é um dia muito especial pra mim, é o dia do seu aniversário, em que estaria completando 95 anos de vida, de mais uma primavera. Mas que infelizmente por consequência mesmo da vida, do destino, ordem natural das coisas, da natureza. Todos nós seres humanos : nascemos, crescemos e morremos, um começo, meio e fim, não está aqui mas conosco para compartilhar esta data tão especial e significativa de toda a nossa família "Vianna". Mas pode ter certeza, que enquanto eu viver, sempre lembrarei de você, seja aonde eu estiver, levarei você sempre meu querido vovô Màrio, dentro do meu coração. Escrevo - lhe esta carta aberta para compartilhar com todos os meus amigos, parentes e familiares que seguem o meu blog, que um dia teve o enorme prazer de conhecê- lo, da importância que o senhor tem em minha vida, quer dizer em nossas vidas, minha, do meu irmão, da minha mãe e do meu pai, desde do dia que eu nasci, abri os olhos e vi o mundo pela primeira vez. E quando me lembro desta data, dia 03 de dezembro, volto no tempo, e me recordo da minha velha infância, dos meus primeiros passos, das minhas primeiras. palavras, quando pronunciei a palavra "vovô". Este homem que um dia conheci, tive o prazer e a honra de conviver durante toda a minha vida, Mário de Medeiros Vianna, ou simplesmente Mário. Este homem íntegro, honesto, justo, implacavél, soberano, que aprendi amar, a respeitar e admirar. Este grande jornalista de idéias extraordinárias, que nunca desisitiu de lutar pelos seus ideais e de acreditar nos seus sonhos. -Um dia, um amigo meu, me perguntou da onde vinha essa admiração e esse amor todo? E toda vez que eu tocava no seu nome e começava a falar do senhor, meus olhos enchiam-se d'água. Realmente não têm explicação, é um amor incondicional, de neta para avô e vice- versa. Mal sabe o senhor, que resolvi seguir os seus passos, de seguir a carreira de jornalista. Que bobagem a minha! Claro que o senhor sabe, esta aí em cima olhando por todos nós aqui na terra. Se lembra,? Quando o senhor saía todo os dias de terno e gravata com sua pasta "007" para bater ponto na ABI. Eu aproveitava, e saia correndo pro seu escritório pra mexer nas suas coisas. Sempre fui curiosa, desde de pequena! E quando o senhor voltava de noite, e vinha que alguém tinha mexido nas suas coisas, ficava brabo comigo. Ou então,mesmo, quando ficava admirando o senhor sentado na cadeira digitando na sua máquina de escrever os seus artigos. Ah, vôzinho! O senhor não sabe a emoção que foi pra mim, quando pisei pela primeira vez na "ABI" (Associação Brasileira de Imprensa), e conheci o lugar que você passava a maior parte do seu tempo, aonde trabalhou como auxiliar de caixa, e outras coisas, que dedicou toda a sua vida e sua carreira de jornalista. Sabia,? Que o senhor é muito querido por lá! Conheci o seu Serafim de Souza (ascensorista), que já é um senhor, mas que deu um depoimento emocionante pro documentário que ainda estou preparando pro senhor com todo o meu carinho, amor e dedicação. Neste momento, as minhas lágrimas foram ao chão. Conheci também seu Candinho, que inclusive me mostrou a sua ficha que está lá até hoje guardada no arquivo de registro da ABI. como sócio e membro. E tive ainda a honra de conhecer o Presidente da ABI, o senhor Maurício Ãzedo, que foi super gentil me dando toda atenção e autorização pra gravar seu documentário "Vida 7 obra do jornalista Mário de Medeiros Vianna". A maior honra pra mim foi o dia, que o tio Rui me entregou, me deu de presente, todas as suas coisas, não sabia direito o que tinha dentro de todas aquelas pastas, na verdade não tinha noção, que havia conteúdos de material e de textos, que até então desconhecia. Fatos importantes e histórico da família "Vianna". De uma geração de jornalistas passada de pai para filhos, e de avô para neta, que eu tanto almejava e tinha tanta curiosidade de mexer, tocar, ver, e ler com os meus próprios olhos. A importância que a família "Vianna" têm dentro do jornalismo brasileiro, que pros outros não tem valor nenhum, mas que pra mim tem um grande siginificado especial, é riquíssimo. Vovô, queria te pedir desculpas também pelas suas netas, Laís e Laisa, principalmente pela Laís, naquele dia do Show "Brasil Pandeiro", no tributo que fiz ao compositor baiano Assis Valente. Em que eu, sua neta idealizou, dirigiu, produziu, e apresentou, não importa agora. Mas eu, Flávia, queria fazer uma homenage digna do senhor, que exatamente no momento que estava falando do senhor, a criatura da Laís me vira as costas. Aquilo pra mim foi o fim da picada, uma falta de respeito com o senhor, porque afinal de contas, ela querendo ou não, o senhor é avô dela, não sei se digo felizmente ou infelizmente. Mas era mas do que justo, eu tocar no seu nome, naquela ocasião, porque sem o senhor, nem eu saberia que um dia, o senhor, vozinho, foi assessor do compositor baiano Assis Valente, não saberia da sua história, não saberia até mesmo que ele existia, que Assis atualemente está esquecido na mídia. Nada daquilo teria acontecido, a realização daquele show, que foi uma noite mágica, inesquecível, que passou tão rápido, mas que pra mim foi tão importante pra minha carreira, pro meu currículo. Mas mesmo assim, obrigado vovô! E quero me desculpar mais uma vez, daquela homenagem que eu queria poder fazer pro senhor, que não esteve a sua altura como o senhor merecia . Realmente, a Laís não sabe valorizar o grande avô que ela teve e que um dia conheceu, e teve a honra de conviver, é lamentável. Tenho mas uma coisa pra te contar, o senhor sabe que o Gustavo está morando em Praga? E nesse ano de 2010, ele já veio duas vezes ao Brasil nos visitar. Vovô, você ficaria tão orgulhoso dele, cada vez mais, ele está parecido com o senhor, na maneira de andar, de falar, de se vestir, de expressar e de se comportar. Parece que estou vendo o senhor na minha frente, o Gustavo é o seu refflexo em pessoa, como diz aquela frase, "tal o pai, tal o filho", é ao contrário "tal o avô, e tal o neto", mas quem é "netos de peixe, peixinhos são". Também tivemos quem puxar, ao senhor! As suas qualidades, o seu jeito: o Gustavo puxou- o com sua inteligência e eu com suas idéías, e craitividades geniais. Somos idênticos até nos horários britânicos, na pontualidade e na organização. Nós, seus netos Flávia e Luiz Gustavo temos o imerso orgulho de ter o seu sangue e sermos netos de homem tão perpiscaz. Só tenho pena de Laís e Laisa serem tão diferentes de nós dois. Mas espero retribuir com todo o meu amor, carinho e dedicação que nos deu, principalmente de continuar lutando, persistindo de ser uma grande jornalista como o senhor foi um dia, por que a luta continua, a saga de jornalista da família "Vianna", se depender de mim nunca vai morrer. Vou fazer o possível e o impossível de manter a chama acesa e dar continuidade nessa missão que o senhor me encarregou. Fazendo jus a história ao nome da nossa família. Espero superar todas as suas perspectivas e objetvos, ainda ser cumpridos, eu prometo. É o meu dever como neta, minha obrigação. Termino esta carta, é tudo que eu queria lhe dizer neste dia tão especial, meu querido vozinho. Que o senhor descanse em paz, que tenha muita luz e que continue nos olhando, e nos protegendo aí de cima, pobres mortais. E com certeza, estará sempre em nossos corações. Te amamos muito!

Saudades eternas de seus netos Luiz Gustavo e Flávia, filha Marilina e genro Adilson!
Um Feliz aniversário!

Ass: Flávia Vianna Almas!
Assessora e Jornalista.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Livro "Geração de Jornalistas da Família Vianna


O livro intitulado a "Geração de jornalistas da família "Vianna", de autoria da jornalista e assessora de imprensa Flávia Vianna, conta a história da saga de jornalistas da família "Vianna", que foi passada de pais para filhos (Carlos de Souza aos seus dois filhos Carlos Eugênio e Mário Vianna, e de avô para neta (Mário a Flávia Vianna).

Documentário: "Vida & obra do Jornalista Mário de Medeiros Vianna" (Independente)


O documentário "Vida & obra do jornalista Mário de Medeiros Vianna" conta a saga dos jornalistas da família "Vianna", passada de geração em geração, de pai para filhos, e de avô para neta. Conta a história do Delegado Geral dos Serviços de Propaganda do Mate, Carlos de Souza Vianna e dos jornalistas, Carlos Eugênio e Mário de Medeiros Vianna. O Enredo foca sobre a verdadeira fundação da "ABI" (Associação Brasileira de Imprensa), que foi fundado no dia 7 de abril de 1908, numa sala de redação do jornal "O Paíz", na Rua do Ouvidor, esquina da Rua Gonçalves Dias, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, e que completou em 2008, 100 anos de existência. Fundada pelo jornalista, Gustavo Lacerda (irmão de Carlos Lacerda), Carlos de Souza Vianna,, que atualmente não consta na relação como sendo um dos principais fundadores, entre vários outros jornalista, existente no hall térreo do edifício "Herbert Moses", localizado, na Rua Araújo Porto Alegre, Centro da cidade.
O jornalista Mário e seu irmão Carlos Eugênio de Medeiros Vianna em 1932,iniciaram suas carreiras de jornalistas, trabalhando no jornal "Correio da Cidade". Após o falecimento do seu irmão Carlos Eugênio em 11 de abril de 1946, o jornalista Mário Vianna prosseguiu sua carreira nos principais jornais como o "Correio da Noite", "Diário da Noite e Carioca", "Força da Razão", "Luta Democrática", "O Popular", "O Globo", "O Mundo", "Última Hora", "Folha do Rio", "Diário Trabalhista", "Voz Trabalhista", "Correio da Manhã", "Vanguardas", rádios "Nacional" e "Maúa".
Mário, nas décadas de 69 a 70, exerceu o cargo de "Diretor de Caixa de Auxílios da ABI", de 71 a 72, foi também "Assessor do Departamento de Assistência Social da ABI", além de ser membro da "Comissão de Imprensa e Propaganda do 1º Encontro Nacional de Imprensa Especializada", realizados nos dias 27 a 31 de outubro de 1969. jornal da "ABI", que parou de circular, só voltou no ano de 2004, a todo vapor. O doc faz uma passagem por lugares históricos, aonde a família "Vianna" passou como Confeitaria Colombo e Cassino da Urca.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Biografia do jornalista


Filho de Carlos Eugênio de Souza Vianna e Aramina de Medeiros Vianna, nasceu o jornalista Mário de Medeiros Vianna, no dia 3 de dezembro de 1.915, na Rua São Bento, número 1, sobrado no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Fez seus primeiros estudos na Escola Pedro II, no Largo do Machado, e cursou até a 6 série. Moderne no Institut Saint- Boniface, na Rua da Viaduc, 82, em Ixelle, Bruxelles, na Bélgica, onde residia com sua família, por ser seu pai Delegado Geral dos Serviços de Propaganda dos Estados do Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate do nosso país na Europa e Norte da África. Cursava o primeiro ano preparatório de Engenharia Naval no College Michel Nouchenau, na mesma cidade, quando foi obrigado a interrompê- lo devido á abolição do movimento revolucionário de 1.930 no Brasil. Seu pai exercia aquele cargo desde de 1.920 (Governo Epitácio da Silva Pessoa), nele confirmado pelo Presidente Arthur da Silva Bernardes, em 1.922, e mantido ainda mais uma vez pelo Presidente Washinton Luís Pereira de Souza, eleito em 1.926. O pai de Mário de Medeiros Vianna nascera no dia 10 de fevereiro de 1.878, em Salvador, na Bahia, onde fizera seus primeiros estudos. Vindo para o Rio, aqui formou- se em Engenharia pela antiga Escola Politécnica (Largo de São Francisco). Era também jornalista, tendo fundado com Belizário de Souza e Pires do Rio diversos jornais, entre os quais: "A tribuna" e "Jornal do Rio". Fundou, ainda, a "Revista da Época", em 1.913, cuja redação ficava na Rua do Carmo, 66, primeiro andar, no Centro. Foi diretor gerente de "O País", e um dos principais fundadores da "ABI" (Associação Brasileira de Imprensa) que, conforme relato, nascerá numa sala da redação do jornal "O País", na Rua do Ouvidor, esquina da Rua Gonçalves dias, no Centro da cidade, no ano de 1.908. Seu nome, no entanto, não consta na relação dos fundadores, existente no hall térreo do atual edifício "Herbert Moses", na sede da "ABI".
Embarcou Mário de Medeiros Vianna em 1.926, no porto do Rio de Janeiro, no navio "Andes", da Mala Real Inglesa, com seu irmão Carlos Eugênio e o pai Carlos de Souza Vianna, que ia cumprir a sua missão na Europa. Nesse ano, o Serviço de Propaganda do Mate passou para o Ministério das Relações Exteriores, no Itamaraty, tendo eles assim direito a passaporte diplomático. Desembarcaram em Cherburg, na França, e seguiram de trem para Paris, indo após fixar residência em Bruxelas, onde funcionava em caráter permanente o escritório de propaganda do mate, na Place Brouckere, números 8 e 10, no Centro daquela cidade. Como a verba destinada á delegação da propaganda do mate não fosse suficiente para ocorrer ao pagamento de todas as despesas concernentes aos serviços, seu pai resolvia o problema negociando com outros produtos brasileiros, mantendo assim uma atividade incessante, já que era também Correspondente Especial na Europa dos jornais "A Noite", "Correio da manhã" e "Jornal do Brasil", colaborando, ainda, na "Revue Commerciale- Bresilienne", editada em Anver, na Antuerpia, na Bélgica, sob aos auspícios do Consulado do Brasil naquela cidade. Ele e seu irmão Carlos Eugênio, foram para a Bélgica com o intuito de formar- se em Engenharia Naval. Por essa razão, procuraram habilitar- se na língua francesa para alcançar objetivo visado. Ajudavam o pai nos Serviços Gerais da Delegação de Propaganda do Mate, quando acontecia verificar- se diversas exposições simultaneamente. Em tais ocasiões, o pai dividia tarefas entre eles, ficando cada um chefiando um stand da representação do produto. Apesar da pouca idade, ambos usavam calças curtas, nunca no entanto decepcionaram no desempenho das incumbências.
Devido aos inúmeros negócios que mantinha na Capital francesa, seu pai possuía um apartamento em Paris, onde passava com os filhos suas férias escolares, quando não havia exposições. Seu pai era amigo íntimo do Embaixador do Brasil, na França, Souza Dantas, que tinha grande admiração pelos jovens Mário e seu irmão Carlos Eugênio Vianna, isso porque, sempre que visitava o stand do mate em exposição na França constatava a intensa atividade deles. Todos os anos, no Natal, presenteava- os. Quando os brasileiros procuravam a Embaixada do Brasil em Paris para solicitar auxílio financeiro, a maioria era empregados dispensados do Serviço Geral de Propaganda de Café do Brasil, naquela cidade. Esse serviço era chefiado pelo Sr. Alípio Dutra, que recebia ordens de dispensar os empregados diretamente do Brasil. O Embaixador Souza Dantas, enviava, então, nossos patrocínios a seu pai, que imediatamente os aproveitavam na delegação da propaganda do mate. Fazia mais: pagava as despesas de hotel e de alimentação. Procedia dessa maneira não só pelos laços de amizade ao ilustre diplomata, Dr. Souza Dantas, mas apiedado pela extrema necessidade em que se encontravam os desempregados dispensados, vítimas da nefasta burocracia brasileira daquela época. Essa desventura aconteceu com o Sr. Theophilo de Andrade Lyra, também dispensado da propaganda do café. Como privava da amizade do seu pai, solicitou e obteve ajuda deste, sendo colocado na chefia do escritório da delegação de propaganda do mate em Hamburgo, Alemanha. "Faço a divulgação desse fato: -diz Mário devido a episódio ocorrido entre mim e o Sr. Theophilo de Andrade, a ser narrado na parte desse livro "O caso do Suplemento de Turismo".
Surpreendidos em agosto de 1.930 com a notícia do movimento revolucionário em efervescência no Brasil, seu pai resolveu que seria melhor Mário e seu irmão regressarem ao Rio de Janeiro, o que foi feito com o passaporte número 00048, datado de 8 de setembro de 1.930 (utilizado pelos dois irmãos), expedido pelo Consulado do Brasil, em Bruxelas, com a seguinte observação: -"seguem devidamente autorizados por seu pai, o Senhor Carlos de Souza Vianna.
Embarcaram no porto de Antuerpia, Bélgica, no navio francês "Ceylan", da Companhia Chargeurs Reúnis", saindo dali por um canal, tendo direita a Holanda e à esquerda, a Bélgica. O navio navegava em marcha reduzida até desembocar no mar. A primeira escala do "Ceylan" foi no Havre, depois Cherburg e Bordeaux, na França, rumando para Vigo, na Espanha. Quando navegava em direção a Portugal, ainda no mar da Espanha, encontraram um maremoto, com ondas que invadiam o navio, passando este navegar vagarosamente. O comandante, "velho lobo do mar", teve de retroceder e desviar da rota normal para evitar a tormenta, custando essa manobra mais uns dias de demora na viagem. Essa medida do comandante foi salvadora, pois evitou um naufrágio certo, pelo o fato do "Ceylan" ser um navio misto de cargas e passageiros e estar com seus porões abarrotados de cargas. A próxima escala foi para Porto e Lisboa, em Portugal e depois Dakar, no Marrocos. Em princípios de outubro de 1.930, chegaram em Recife, Pernambuco.
A bordo do navio, os jovens irmãos ouviam tiroteio nas ruas da cidade de Recife. A Polícia Marítima não permitiu ninguém a pisar em terra. A penúltima escala da viagem foi Salvador, na Bahia, onde a fúria revolucionária já havia passado, deixando o elevador "Lacerda" destruído por um incêndio, conforme constataram os passageiros que puderam desembarcar e matar saudades de seus pais, em companhia de um Barão francês, que durante toda viagem com eles conviverá, justamente com a esposa que preferira ficar a bordo. No dia 11 de outubro chegaram ao Rio de Janeiro, conforme constava na folha seis do passaporte e do visto da Inspetoria da Polícia Marítima. O Barão e a Baronesa, que se dirigiam à Argentina, instaram para que eles os acompanhassem até Buenos Aires, receosos do que lhes pudesse acontecer em face dos movimentos revolucionários, pelo menos até normalizar- se a situação na então Capital do País. Agradeceram e desembarcaram, indo para a residência do cunhado Álvaro da Rocha Baltazar, casado com sua irmã Aramina de Medeiros Baltazar, na Rua Pedro Américo, número 38, no Catete.
A firme decisão do Presidente Washington Luís de resistir e não abandonar o Palácio do Catete levou as tropas que lhe eram fiéis a levantar trincheira com sacos de areia, na esquina da Rua do Catete, com a Rua Pedro Américo, onde ainda se localizava uma Delegacia Policial, na quarta D.P. A família, por medida de segurança, fora para a residência do avô, Augusto Antônio Vianna Júnior falecido em 1.932 na Rua Tenente Costa, em Todos- os- Santos, subúrbio da Central. O avô dos jovens era funcionário Civil do Ministério da Guerra, onde ingressará em 1.855, lotado no Serviço de Intendência, desde de 1.916. Possuía regalias de Capitão e aposentara- se depois de 45 anos de serviço. Mário de Medeiros Vianna possuía então 14 anos de idade. Devido ao extravio do seu caderno de anotações, perdeu muitos nomes e endereços de pessoas das suas relações de amizade que, devido à idade, não foi possível guardar de memória.
Após haver desempenhado, como vimos, as funções de encarregado dos serviços de informação e Propaganda da Delegação dos Estados do Paraná e Santa Catarina para a Divulgação do Mate na Europa e na África, organizou, ainda, os mostruários da delegação nas seguintes exposições: VII Exposição Internacional da Borracha e outros Produtos Tropicais no Grand Palais de Paris, em 1.927, I e II Exposições Internacionais do Café e Produtos Tropicais, em Bruxelas, Bélgica, em 1.928 e 1.929, e Exposição de Antuérpia, Bélgica, em 1.930, ano que retornou ao Brasil.


Cronologia da vida do jornalista


O jornalista Mário de Medeiros Vianna junto com seu irmão Carlos Eugênio, estreou em 1931 no jornal "Correio da Cidade", de que era diretor- responsável seu amigo Carlos Alberto da Silva Abreu e cuja redação ficava à época no primeiro andar do número 32 da Rua da Carioca, no Centro da cidade. O diretor- proprietário do órgão era o professor Guilherme de Souza. De repórter, seguiu sua trajetória na "Gazeta do Rio" sob a direção de Antônio Azevedo do Amaral, também era o proprietário da revista "Novas Diretrizes", "ACB" (Revista Oficial do Automóvel Clube do Brasil), de quem era o diretor Povina Cavalcanti, "A Noite", sob a direção de Castelar de Carvalho. A partir desse órgão passou a trabalhar sem a companhia do irmão, Carlos Eugênio de Souza Vianna, falecido em 11 de abril de 1.946. Prosseguiu no "Correio da Noite", de Mário Eugênio, "Diário da Noite", com Austregésilo de Athayde, "Diário Carioca" com Danton Jobim, "Força da Razão", com Jurandir Pires Ferreira, "Luta Democrática", com Hugo Baldessarini, "O Popular", com Domingo Velasco, "O Globo", sob a direção de Roberto Marinho, chefe de reportagem, Alves Pinheiro, "O Mundo", direção de Geraldo Rocha, "Última Hora", com Samuel Wainer, "O Jornal", com Theophilo de Andrade, "Folha do Rio", com Hugo Mósca, "Diário Trabalhista", com Segadas Vianna, "Voz Trabalhista", com Dyrno Pires Ferreira, "Correio da Manhã", com Costa Rego, "Vanguarda", com Oséas Motta, e nas Rádios Nacional e Maúa, a primeira dirigido por José de Anchieta da Távora, sendo contratado em julho de 1.970 para elaborar o noticiário político da Rádio Nacional, no Rio (jornal falado), sendo também credenciando junto ao Gabinete- Rio do Ministro do Trabalho. Em 1 de agosto de 1.974, foi contratado pela Superintendência das Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União como Assessor de Imprensa, em maio de 1.978 foi designado encarregado do Serviço de Imprensa e, em 1.979, designado chefe do referido serviço.
Mário de Medeiros Vianna, brasileiro, natural do Distrito Federal, nascido no dia 3 de dezembro de 1.915, era casado com Eulina de Medeiros Vianna, reservista da terceira categoria do Exército, residente a Travessa São Domingos número 7, 2O andar, no Centro, no Distrito Federal. Fez os seus estudos primários na Escola Pedro II, no Largo do Machado. E fez cursos durante os anos de 1.928,1.929 e 1.930 a Institut Saint Boniface, na Rua da Viaduc, na Bélgica em Bruxelles.
Trabalhou na 7O Exposição Internacional da Borracha e outros Produtos Tropicais, realizados em Paris, em janeiro de 1.927, no Grand Palais. Trabalhou na Feira Internacional de Bruxcelle, em abril de 1.927. Mário também participou em Paris da:
1ª Exposição Internacional do café e outros Produtos Tropicais, em Bruxelle, em 1.928.
2a,Exposição Internacional de Café e outros Produtos Tropicais também, em Bruxella, em 1.929.
3ª Exposição de Antuerpia, em 1.930.
E no Brasil, participou do Seminário Editado em Paris, nos anos de 1.926 a 1.927, Editora Dos Italianos, número 5 como auxiliar de redação, sendo o redator- chefe, o seu pai Carlos de Souza Vianna. Na "Gazeta do Rio", foi vespertino editado na cidade do Rio de Janeiro, como Repórter de Polícia , em 1.931 à 1.932, sob a direção do Dr, Azevedo Amaral. Trabalhou na revista "Novas Diretrizes", quinzenário de propriedade do Dr. Azevedo Amaral, como redator, em 1.938 à 1.942.
OUTRAS ATIVIDADES

De 1.932 à 1.934 foi assessor de imprensa do famoso compositor musical baiano Assis Valente. Em 1.946 foi assessor de imprensa do escritório do saudoso advogado e político catarinense Adholfo Konder, foi presidente de Estado de Santa Catarina de 1.926 a 1.930, seu saudoso irmão, Victor Konder foi Ministro da Viação no governo de Washington Luís, o escritório do Dr, Adholfo Konder, na época, localizado na Rua Rodrigo Silva, número 34, 1O andar, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. De 1.970 à 1.972 exerceu a presidência da comissão executiva do 33O Grupo de Escoteiros Católicos Santo Sepulcro, da União dos Escoteiros do Brasil, Seção Guanabara.
Em julho de 1.952 fundou a União dos Repórteres de Polícia do Rio de Janeiro e em 1.953 a Associação dos Repórteres do Brasil. Em 1.955 fundava o Clube dos Jornalistas, De 1.967 a 1.968 foi membro da Comissão de Relações Públicas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro. De 1.969 a 1.970 foi Diretor da Caixa de Auxílios da Associação Brasileira de Imprensa e de 1971 à 1.972 foi Assessor do Departamento de Assistência Social da ABI. Participou como membro da Comissão de Imprensa e Propaganda do I Encontro Nacional de Imprensa Especializada, promovido pela Associação Brasileira de Imprensa, nos dias 27 à 31 de outubro de 1.969.

CURSOS

Possui os seguintes diplomas e certificados de curso de extensão universitária: Seminário de Educação para o Trabalho, promovido pela Associação dos Educadores do Brasil, no Clube de Engenharia e "Correio da Manhã", I Seminário de Comércio Exterior, promovido pela Confederação Nacional da Indústria, na Revista de Política e Administração e, "Correio da Manhã", cursoou também os Altos Estudos dos Problemas Brasileiros, promovido pela "UFRJ" (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Sociedade Brasileira de Geografia, cursou os Altos Estudos dos Problemas Mundiais, promovido pela Sociedade de Geografia, na "UFRJ" (Universidade Federal do Rio de Janeiro), cursou ainda os Altos Estudos dos Problemas Amazônicos, promovido pela ADESG, no Clube de Engenharia, o I Seminário de Previdência Social, promovido pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, o I Encontro de Turismo do Estado da Guanabara, promovido pela Secretaria de Turismo do Estado da Guanabara, cursou a Seguridade Social, promovido pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, o I Seminário de Relações Públicas, promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro.

O diário


Noite de amor

Quando vieram a noite

Que na calada da noite

Para ver me criola

Confensando- me que a amo muito

Que seus olhos brilhavam

Como as estrelas de uma bela noite

E que seu coração está caliente

Como o sol

Eu olho profundamente para o oceano

E seus cabelos negros como


Uma anoite escura

E porque queres agora acabar

R este amor que nasce

Para nunca mais acabar


Para que me fazer sofrer

Eu vou ficar muito triste

E enfim a minha coragem arrasada

E porque esta distância eterna.

Mário Vianna

A família "Vianna"




Mário de Medeiros Vianna desde de muito cedo mostrava vocação para a carreira de jornalismo, vindo de uma família de classe média alta, onde ele era o caçula de quatro irmãos (Carlos, Aramina e Brigida ). Mário era paparicado muito pelos seus pais Carlos de Souza Vianna e Aramina de Medeiros Vianna, por conseqüência de uma deficiência na vista, que logo foi solucionada com uma operação submetida em Paris, assim que era adolescente.
Sendo filho de um bahiano, casado com uma mineira, Mário teve logo a quem puxar, seu pai que era um diplomata, Delegado Geral dos Serviços de Propaganda do Mate na Europa bem sucedido e além de ser jornalista também resolveu seguir as trilhas do seu patriarca..
Mário logo que completou a maior idade, homem já feito, casou- se com a costureira pernambucana Eulina de Medeiros Vianna que era viúva e já tinha três filhos (Jurandir, Antônio e Epaminodas) do seu primeiro relacionamento. Então ele acabou acolhendo os meninos como se fossem seus filhos, dando a eles seu sobrenome. Logo mais tarde, Mário e Eulina tiveram um casal de filhos (Rui e Marilina). A família estava completa, mas nada era eterno, seu pai Carlos de Souza Vianna veio a falecer e logo em seguida sua mãe, Aramina que morreu ao beber um cálice de licor, devido a um derrame. Ali era um fim de uma família de classe média alta que vivia nas altas rodas da sociedade do Rio de Janeiro. Sua mãe, Aramina, então nem se falava, considerada uma mulher requintada, fina, elegante, por ser uma mulher bonita era admirada pelos olhares das pessoas por onde passava, principalmente pelos homens, que chegava arrancar suspiros. Uma mulher da Elite do Rio que vivia com seu marido no Cassino da Urca, onde sempre costumavam freqüentar quando estavam no Brasil. Mas infelizmente seu pai Carlos de Souza Vianna sofria de um grande mal, o vício do jogo, acabou perdendo tudo que tinha, enfim indo a falência, não deixando nada para seus filhos com sua morte. Quem diria, sua mãe que vivia coberta de jóias caríssimas e acompanhada sempre de seu chofer, e sua dama de companhia, acabaram na miséria. Desde de então Mário tomou horror a qualquer tipo de jogos, a partir daquele fato e momento que viveu, que presenciou ao lado de seus pais. .
Mário sofreu mais uma perda na família, a morte de sua irmã Brigida, que era doente mental. Só restando na família então, Medeiros Vianna, ele e sua irmã Aramina, que era casada com o joalheiro Álvaro Baltazar com quem tinha três filhos (Anette, Álvaro e Aramis).